A casa da engenheira Thayanne Couto virou, literalmente, um cenário de Natal e encantou mais do que a família poderia imaginar. Até a reportagem ficou de boca aberta ao ver a dedicação dela em decorar cada cantinho: da sala ao banheiro, passando pela área externa e até pelos pequenos detalhes do dia a dia. Tudo ganhou enfeites natalinos. A árvore está montada desde 31 de outubro, há bonecos espalhados por todos os cantos, mesa decorada, guardanapos temáticos, suporte de papel higiênico de Papai Noel e, como grande novidade deste ano, até uma máquina de fazer “neve”. O investimento e o cuidado são tantos que a decoração não fica devendo em nada para produções profissionais. Mas, para Thayanne, não se trata apenas de estética. Cada enfeite carrega memória, afeto e a tentativa de resgatar uma magia que ela aprendeu ainda na infância, dentro de casa, com a família. “Minha ligação com o Natal vem desde quando eu era pequena”, conta. As lembranças mais fortes estão ligadas à tia Meire, já falecida, e à madrinha Silvana, duas mulheres apaixonadas pela data e responsáveis por apresentar a Thayanne o encanto de montar árvores, enfeitar a casa e viver o espírito natalino muito antes do dia 25. “Minha tia Meire sempre montou árvore. Era aquela festa que ela me chamava para montar, enfeitar a casa. E minha madrinha Silvana também sempre montou árvore de Natal, e eu participava. São as lembranças mais fortes da minha infância com relação ao Natal”, destaca. A engenheira diz que cresceu participando ativamente dessas montagens, seja na casa da tia, ou na casa da madrinha. “Desde pequena eu gostava dessa época porque eu montava com elas. Minha tia, em especial, amava o Natal”, afirma. Esse gosto pela decoração também vem de outras datas especiais, como os aniversários e festas juninas. Thayanne lembra que tudo era feito de forma manual, com a família reunida na casa da avó. “Meu tio Eliano e meu tio Marcos, junto com as esposas, iam para a casa da minha avó. Eles cortavam isopor, desenhavam, pintavam. Era tudo feito pela família. Se você vê as fotos dos meus aniversários, não acredita que era tudo artesanal”, detalha. A perda da avó e, depois, da tia Meire, deixou um vazio que impactou diretamente a tradição natalina da família. Por cerca de cinco anos, Thayanne ficou sem montar árvore de Natal. O retorno veio aos poucos. Primeiro, uma árvore mais simples. Depois, já casada com o marido, Ricardo, a vontade de revisitar os velhos tempos bateu forte. “Quando a gente foi para nossa casa, eu pensei em fazer algo para deixar tudo mais bonito, organizado e assim começou”, pontua. E foi assim que a engenheira decidiu transformar novamente o Natal em uma tradição e reunir a família toda em sua casa. “Quero trazer um pouco do que foi perdido depois que minha avó faleceu. Depois disso, nem todo Natal a família se reunia inteira. Então eu quero que os Natais sejam na minha casa, que todo mundo venha e que seja um momento de muito amor”, relata. Hoje, a decoração ocupa todos os cômodos. Além da árvore, que deve permanecer montada até o fim de janeiro, tem bonecos natalinos dentro e fora da casa, Papais Noéis e renas espalhados pelos cômodos, enfeites de mesa e itens funcionais personalizados. No banheiro, tapetes, toalhas e frascos de sabonete ganharam o tema natalino. Em uma cesta na pia tem papel personalizado e até um boneco do Papai Noel dançante ativado por sinal sonoro. Detalhes que surpreendem quem visita a casa. Mas a grande atração deste ano é a máquina de fazer neve, comprada com certo impulso, mas cheia de significado. “Quando eu vi na loja, eu falei: ‘Opa, preciso’”. Todo ano eu trocava a decoração da árvore. Esse ano não quis gastar para trocar e decidi investir em outras decorações”, explica. Mais do que objetos, a decoração virou uma forma de manter vivas as memórias. “Eu faço isso para unir a família, para trazer aquela coisa de antigamente de volta. Da época que tinha minha avó e minha tia. Quando tinha Natal, no outro dia todo mundo almoçava junto. Era muito especial”, detalha. Thayanne reconhece que o Natal sempre traz saudade, mas também acredita que a celebração preenche o vazio. “Sempre fica aquela saudade nessa época. Mas quando eu faço isso, é para ver todo mundo junto e trazer a união e o amor entre a família”, resume. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .