"Fazer política com a vida dos outros não é interessante", diz Múcio sobre encontro de Bolsonaro com embaixador de Israel

"Nossa preocupação primeiro é salvar vidas, não pode politizar um momento desse, não pode partidarizar um momento desse", disse o ministro da Defesa
247 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta quinta-feira (9) que a operação de repatriação de 34 brasileiros da Faixa de Gaza devido ao conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas não deve ser politizada. "Nossa preocupação primeiro é salvar vidas, não pode politizar um momento desse, não pode partidarizar um momento desse. Se todos estiverem se procurando para que todos se somem para salvar vidas, isso é uma coisa que pode interessar. Ficar fazendo política com a vida dos outros eu acho que não é interessante, mas é uma questão mais da diplomacia brasileira, do setor político do governo", disse Múcio durante um evento de agradecimento à colaboração da Azul Linhas Aéreas no resgate de brasileiros que estavam em Israel. A repatriação dos brasileiros foi coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e pelo Itamaraty. >>> Lindbergh cobra expulsão do embaixador de Israel no BrasilA declaração foi feita após o ministro ser questionado sobre o encontro do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine com Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares de extrema direita para exibir imagens da guerra das forças israelenses contra os palestinos, na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (8). >>> Gleisi diz que encontro de embaixador de Israel com Bolsonaro foi repugnante e que o tempo da subserviência acabouO embaixador Leonardo Nogueira, que representou o Ministério das Relações Exteriores, evitou críticas ao embaixador de Israel. "Não há nenhum ruído nessa relação, nas gestões de alto nível, nem nas relações com a nossa embaixada israelense ou o governo de Israel. Nós acabamos de retirar de Israel, com a colaboração do governo israelense, 1.400 brasileiros e seus familiares próximos. Não é certamente algo que teria ocorrido se tivesse algum desconforto", afirmou o diplomata.