O dólar comercial caiu 0,22% nesta segunda-feira (8), após passar a manhã sob menor pressão política, e fechou o dia a R$ 5,42, enquanto o Ibovespa subiu 0,52% e encerrou aos 158.187 pontos. A trégua veio depois da turbulência da última sexta-feira, quando declarações políticas elevaram a incerteza e mexeram com o câmbio e a bolsa. O movimento refletiu a leitura de que o cenário eleitoral pode sofrer ajustes, com impacto direto na percepção de risco dos investidores. O recuo da moeda ocorreu depois de forte estresse na sexta-feira, quando o dólar disparou mais de 2% e terminou em R$ 5,4328, maior valor em quase dois meses. A venda de ações levou o Ibovespa à queda de 4,31% e ao pior desempenho desde fevereiro de 2021, com impacto de análises que apontavam risco político maior no curto prazo. Investidores afirmaram que a reação brusca mostrou sensibilidade elevada a qualquer mudança no quadro eleitoral. O mercado voltou a focar nas decisões de juros que serão anunciadas na quarta-feira (10) no Brasil e nos Estados Unidos. Aqui, a expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano, com atenção aos sinais do Banco Central sobre o início de um possível ciclo de cortes. Nos Estados Unidos, cresce a aposta de que o Federal Reserve reduza a taxa básica em 0,25 ponto. Operadores afirmaram que o posicionamento dos dois bancos centrais deve orientar o comportamento dos ativos até o fim da semana. O Boletim Focus reforçou o clima de estabilidade ao mostrar queda nas projeções de inflação e leve melhora nas estimativas de crescimento. Para 2025, a previsão de alta de preços recuou para 4,40% e, para 2026, passou a 4,16%, com ajustes consecutivos nas últimas semanas. A projeção para o PIB subiu para 2,25% no próximo ano, enquanto o câmbio projetado para 2025 permaneceu em R$ 5,40. As bolsas internacionais também influenciaram o pregão, com desempenho misto nas principais praças. Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram diante da espera pela decisão do Fed. Na Europa, o dia foi de estabilidade, com leve pressão dos juros dos títulos públicos. Na Ásia, mercados alternaram ganhos e perdas, com avanço na China e queda em Hong Kong, em meio a indicadores econômicos divergentes. Com a combinação de menor tensão doméstica e expectativa moderada sobre juros, operadores afirmaram que o dólar deve seguir com volatilidade controlada nos próximos dias. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .