A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, chegou a Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (30) e participou de evento com autoridades pela manhã. No momento, ela está em audiência pública na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul). Em entrevista coletiva, Cida destacou que o Estado terá uma nova Casa da Mulher Brasileira. A ministra ainda ressaltou que o Estado está na frente de outras unidades federativas, porque tipifica os crimes de violência contra mulher como o feminicídio. Ela estará em Campo Grande até esta sexta-feira. Atualmente, o Estado conta somente com uma CMB (Casa da Mulher Brasileira), localizada no Jadim Imá, em Campo Grande. Ela informou que algum município do interior deve receber o novo local de acolhimento. Segundo a ministra, todo o País terá mais 40 lugares de acolhimento como este. "Para abrir uma nova casa, temos que pactuar com os poderes que vão administrar. Já existem vários projetos de construção dessas casas no Estado. Ainda não temos o município", afirmou Cida Gonçalves. Para definição sobre a nova CMB, a ministra deve se reunir com o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), na manhã desta sexta-feira (31). Em entrevista, Cida ainda informou que o Estado deve receber 250 viaturas para o programa Patrulha da Maria da Penha. Política nacional - Durante os questionamentos, a ministra enalteceu que os projetos fazem parte do pacote de ações "O governo que respeita as mulheres". Desde que assumiu a pasta, Cida disse que aumentou o orçamento do ministério para R$ 123 milhões. Os recursos previstos antes somavam R$ 23 milhões. A pasta pretende criar um monitoramento em todo o País para a defesa das mulheres. "Eu não sou adepta ao botão do pânico. Você coloca a vítima como responsável pelo monitoramento. Pretendo aumentar os recursos para o monitoramento eletrônico como tornozeleiras. Queremos um protocolo nacional para proteção de defesas das mulheres", explicou. Cida ainda contextualizou que os recursos para segurança (como compras de viaturas, policiamento e tornozeleiras) são subordinados ao Ministério da Justiça. Com isso, o orçamento de defesa para as mulheres chega a R$ 978 milhões. "Meu papel é negociar e conversar para conseguir os recursos. A campanha contra o feminicídio vai além da prevenção". Órfãos do feminicídio - A reportagem do Campo Grande News também perguntou sobre os órfãos do feminicídio. Ela disse que a situação é semelhante aos outros projetos, que dependem de política nacional. Existe um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e atualmente está na Câmara dos Deputados. O texto deve ir ao Senado Federal ainda neste ano. "A meta é ter uma política nacional para os órfãos do feminicídio", declarou a ministra.
