Em breve, o Dia das Mães. Eu sei, o comércio aviltou a data, mas assim é o comércio. O que importa é a mãe, não? Não para a literatura. Os poucos escritores que se ocuparam dela a viam como megera. Para que não se diga que isso é coisa de filhos ingratos, o exemplo clássico é a terrível Sra. Bennett, de "Orgulho e Preconceito" (1813), de Jane Austen. O teatro também não tem as mães em alta conta, vide a Medeia (431), de Eurípedes, e a Virginia de "Anjo Negro" (1946), de Nelson Rodrigues, ambas dadas a matar os filhos. Читать дальше...