Continuam destruindo o que restou da Eletrobrás, protestam eletricitários em carta a Lula
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Associação dos Empregados da Eletrobrás cobrou a reestatização da empresa, privatizada por Jair Bolsonaro no ano passado
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247 - A Associação dos Empregados da Eletrobrás (Aeel) encaminhou uma correspondência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando o cumprimento de compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, em oposição à deterioração contínua da empresa, que foi privatizada de forma criminosa pelo governo de Jair Bolsonaro em 2022."Infelizmente, Senhor Presidente, por mais que insistíssemos, não conseguimos sensibilizar as áreas competentes do seu governo a tomarem atitudes assertivas contra o desmonte da Eletrobrás e, lamentavelmente, a Diretoria e o Conselho de Administração da Eletrobrás se sentem à vontade para continuar destruindo o que restou da companhia", afirma a Aeel na carta.O documento da Aeel afirma que em reuniões institucionais com áreas do governo foi informado o sucateamento do quadro de profissionais da empresa, e o péssimo clima organizacional, "decorrente de assédio moral e tortura psicológica que vem sendo feita pela atual direção da companhia".Os funcionários alertam sobre o crescimento nos registros de acidentes laborais, incluindo casos fatais. Eles atribuem isso à demora nas manutenções, provocada pela falta de equipes técnicas e de apoio adequadas, bem como pela presença de equipamentos ultrapassados em seu ciclo de vida útil."Alertamos ao governo Lula de que as decisões que estavam sendo tomadas pela direção da Eletrobrás refletiram diretamente na segurança, confiabilidade e disponibilidade operacional dos ativos de geração e transmissão, podendo resultar em desligamentos com interrupções no fornecimento de energia elétrica à população", afirmou a Aeel.De acordo com a associação, o apagão que atingiu quase a totalidade dos estados brasileiros em agosto é reflexo do descaso com a antiga estatal. A entidade reconhece as ações significativas do governo, como a retirada da participação acionária da União na Eletrobrás do Programa Nacional de Desestatização (PND) e os comunicados do Ministério de Minas e Energia à Eletrobrás, pedindo estratégias de ação e a interrupção do PDV.Desde a posse do presidente Lula em janeiro, os profissionais do setor elétrico buscam um encontro com o mandatário, porém, até agora, não obtiveram retorno.