Roman e Olya não fazem nada sozinhos. O esforço é de dezenas de ucranianos, eles foram só o veículo que transportou para o Rossio a vontade da comunidade em organizar um protesto semanal em Lisboa, com hora e local o menos variável possível, para que todos soubessem sempre que, mais dia menos dia, haveria ali alguém para os ouvir sobre o que perderam. A vida de ambos mudou nestes dois anos de guerra, oscilam entre a total descrença no sistema de regras da comunidade internacional e o espanto com os pequenos gestos de pessoas anónimas que recusam conformar-se. Este sábado, a guerra faz dois anos. E o protesto semanal assinala o seu 90.º dia.
O Expresso publica uma série de artigos sobre os dois anos de guerra na Ucrânia: análises, história, testemunhos e reportagens para entender o conflito