Arábia Saudita à frente de fórum da ONU para igualdade de género: mais “um truque de relações públicas” ou pode ser “transformador”?
Sem oposição mas com muitas críticas de organizações internacionais, o país foi escolhido para presidir à Comissão do Estatuto da Mulher. É a primeira vez nas quase oito décadas do fórum que um diplomata saudita assume este cargo. “Um desrespeito chocante pelos direitos das mulheres em todo o mundo”, diz a Human Rights Watch. A Amnistia Internacional também lembra “o péssimo historial” de Riade. Mas há quem defenda que o “ónus” está agora na Arábia Saudita, que não vai “dar-se ao luxo de falhar”, sob pena de “comprometer profundamente” a ONU e a “agenda reformista” prometida pelo príncipe herdeiro. E caberá aos restantes membros da Comissão “pressionar os sauditas para que cumpram as suas obrigações”