Presidente da Petrobrás diz que ministro de Minas e Energia erra em avaliação sobre reinjeção de gás
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Jean Paul Prates disse nesta quinta-feira que a reinjeção de gás adotada pela estatal tem papel relevante no fator de recuperação da produção de petróleo
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RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reagiu a cobranças feitas pelo ministro Alexandre Silveira, dizendo que o titular da pasta de Minas e Energia erra em suas considerações sobre a reinjeção de gás nos poços de petróleo.Silveira disse recentemente que seria importante a Petrobras reduzir o nível de reinjeção para aumentar a oferta de gás no país, enquanto o presidente da Petrobras observou nesta quinta-feira que a produção de petróleo no pré-sal requer que parte do insumo energético produzido seja reinjetado.O ministro comentou recentemente que o nível de reinjeção no país é maior que na Europa, África e Estados Unidos, e que o Brasil precisaria desse gás para o processo de reindustrialização e na redução dos custos do produto.Questionado por jornalistas durante coletiva de imprensa para tratar de transição energética, Prates disse nesta quinta-feira que a reinjeção de gás adotada pela estatal tem papel relevante no fator de recuperação da produção de petróleo."Quando se alega que temos uma injeção maior que a média, isso é um erro, não há como se medir isso", disse o executivo, em outra resposta ao ministro. "Não sei que estatística é essa."Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Silveira ainda classificou como "negligente" a postura da Petrobras em relação à política de gás natural do Brasil.Prates, por sua vez, afirmou que está em curso um programa para ampliar a oferta de gás, mas ponderou que as reservas do Brasil são bem menores do que em outros países, e indicou que não haverá gás para atender demanda domiciliar, de transportes, térmica, industrial, de fertilizantes e outros segmentos."Não tem gás pra todo mundo nem volume de gás para firmar demanda e garantir desenvolvimento", disse ele a jornalistas, em evento ao lado do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.Na semana passada, Silveira havia declarado que entre buscar benefícios para sociedade por meio da maior oferta de gás e se indispor com Prates, ele preferia ver o presidente da Petrobras de cara fechada."Até tem condições de fazer fertilizante no Brasil, mas tem que 'craniar'. Não adianta só berrar pelo jornal nem achar que um está rindo demais e outro está fazendo careta. Não adianta nem careta nem sorriso, adianta trabalhar junto e convergir", afirmou o CEO da Petrobras."Se não tem gás para todos os segmentos... vamos trabalhar o mix (de oferta de energia) em vez de criar polêmica onde não existe", adicionou ele.