É constrangedor a mídia dar espaço a figuras repugnantes que deveriam ficar no ostracismo, diz Lalo Leal sobre Bolsonaro
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O professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da USP, destacou a discrepância no tratamento midiático dado aa Lula
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247 - Em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, o professor, sociólogo e jornalista Laurindo Lalo Leal criticou a postura da mídia ao dar espaço para declarações que chamou de “absurdas e repugnantes” de figuras públicas, como Jair Bolsonaro, que deveria estar no ostracismo.O professor aposentado da Escola de Comunicação e Artes da USP destacou a discrepância no tratamento midiático dado aos diferentes líderes políticos e destacou a importância de dar visibilidade a questões realmente relevantes para a sociedade brasileira.“A mídia continua abrindo espaço para essas barbaridades. Para essa figura execrável”, disse. “Se nós formos comparar o que aconteceu com o presidente Lula quando ele foi massacrado e depois preso e o que aconteceu após a prisão, em que a mídia decretou - claro que não escrito, mas editorialmente - que ele entrava na categoria das pessoas colocadas no ostracismo. Decretaram a morte política do ex-presidente Lula”, lembrou. Para o professor, é inadmissível que a mídia continue abrindo espaço para figuras “execráveis”, como Bolsonaro, que promovem ataques e levaram o país “à beira do abismo”.“Este outro [Bolsonaro], que faz declarações absurdas e que levou o país à beira do abismo numa tentativa de golpe de estado e que é inelegível, continua tendo espaço na mídia. E nós somos obrigados, por dever jornalístico claro, a comentar essas barbaridades que são ditas por ele e por seus familiares”, enfatizou.Leal enfatizou que, após a prisão de Lula e sua ida para a Polícia Federal de Curitiba, a mídia praticamente silenciou sobre ele, ignorando-o durante os mais de 500 dias em que personalidades estrangeiras manifestaram interesse em seu caso e o visitaram em Curitiba. “Enquanto isso, figuras como Bolsonaro continuaram a ter espaço midiático mesmo após declarações absurdas”, afirmou.