Banqueiro cobra corte de pelo menos 0,5 ponto na Selic para evitar crise financeira grave no Brasil
img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230307070324_632a265f2b3dbe281514109241d9f9292b616f56b4d76164204752341a68b991.png" width="610" height="380" hspace="5" /
Ricardo Lacerda, do BR Partners, diz que a inadimplência é alta entre pessoas físicas e pessoas jurídicas
br clear="all"
247 – O fundador e CEO do banco de investimento BR Partners, Ricardo Lacerda, defende medidas urgentes por parte do Banco Central para impedir uma crise financeira mais grave no país. Em entrevista à jornalista Beatriz Bulla, do Estado de S. Paulo, Lacerda defende que o Banco Central reduza em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, Selic, durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta semana.Lacerda baseia seu posicionamento nos recentes índices de inflação, que indicam um cenário ainda caracterizado por altos níveis de inadimplência tanto em empresas quanto em pessoas físicas. O CEO do BR Partners acredita que as condições econômicas permitem um corte mais significativo na taxa de juros, medida crucial para evitar uma possível crise financeira mais intensa.André Esteves, presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, também expressou preferência por uma redução de 0,5 ponto percentual em vez de 0,25 ponto percentual, destacando o ambiente macroeconômico favorável para essa decisão.Lacerda demonstra otimismo em relação à economia brasileira como um todo. Ele afirma que o país está vivenciando uma das melhores combinações de crescimento e inflação globalmente. Após enfrentar os desafios impostos pela pandemia, o Brasil teria realizado os ajustes adequados e agora estaria pronto para uma fase de flexibilização da política monetária, que poderia impulsionar um período prolongado de crescimento econômico.O CEO do BR Partners elogia a condução da economia durante o governo Lula, destacando o arcabouço fiscal e a reforma tributária como medidas que reduziram o risco de descontrole fiscal e possibilitaram a redução dos juros. Lacerda acredita que o país está entrando em um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico.