No atual estágio do capitalismo, a ignorância pode ser uma grande virtude, diz Alysson Mascaro
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Professor e filósofo explicou por que figuras como Jair Bolsonaro e Donald Trump ainda preservam capital político
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247 – Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o professor e filósofo Alysson Mascaro abordou a situação dos ex-presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos. Mascaro trouxe à tona reflexões profundas sobre a crise do capitalismo nos dois países e como figuras como Bolsonaro e Trump ainda conseguem preservar capital político mesmo diante de polêmicas e vários crimes cometidos.O cenário político e econômico atual tem sido marcado por profundas desigualdades e tensões que afligem o Brasil e os Estados Unidos. Para Mascaro, os fatos revelam que a crise do capitalismo é real, e a forma como as burguesias desses países reagem e solucionam essa crise é essencial para compreender as trajetórias de seus ex-presidentes.Ao falar sobre Jair Bolsonaro, Alysson Mascaro o descreve como um "peixe grande" que desafia classificações convencionais. O ex-presidente brasileiro, segundo o filósofo, se posiciona de forma ambígua, não se enquadrando inteiramente no padrão tradicional da elite política. Isso pode ser atribuído ao fato de ele ter uma origem fora dos círculos mais elitizados do poder.Mascaro enfatiza que o capital político de Bolsonaro e Trump não se deve apenas às suas qualidades como líderes, mas sim à percepção de que, no atual estágio do capitalismo, a ignorância pode ser interpretada como uma virtude. "No atual estágio do capitalismo, a ignorância pode ser uma grande virtude", diz ele.Igualdade como ofensa – A discussão sobre democracia no Brasil é outro ponto relevante levantado pelo filósofo. Segundo ele, em uma sociedade extremamente desigual, a igualdade pode ser considerada uma ofensa. O que prevalece é a busca por privilégios, e os discursos políticos têm sido moldados para fazer o "povão" votar contra a esquerda, independentemente dos méritos ou propostas apresentadas.Mascaro destaca que é possível falar qualquer absurdo na atual conjuntura, uma vez que a consciência coletiva da população é controlada pelo capital e pela burguesia. Nessa perspectiva, a ignorância pode ser um ativo político, pois se adapta ao ambiente de desinformação e polarização, criando conexões emocionais com determinadas camadas da sociedade. Assista: