BRICS tem grande contribuição a dar e não deve representar nenhum antagonismo a outros blocos, diz Haddad
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Ex-chanceler e assessor especial de Lula, Celso Amorim diz que a cúpula do BRICS representa uma afirmação global: o mundo não pode ser mais visto como ditado pelo G7
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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (22) que o BRICS - bloco político formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - tem "grande contribuição a dar", mas não deve representar "nenhum tipo de antagonismo a outros fóruns importantes". Brasil quer da China apoio para assento permanente no Conselho de Segurança da ONU"Nós acreditamos que o Brics tem grande contribuição a dar. Brasil, África do Sul, Índia, China e Rússia podem, cada um a partir de sua perspectiva, oferecer ao mundo uma visão que seja coerente com seus propósitos e que não signifique nenhum tipo de antagonismo a outros fóruns importantes dos quais nós mesmos participamos", disse Haddad, segundo a Folha de S. Paulo, na abertura do fórum de negócios do bloco, em Joanesburgo, onde acontece a cúpula do BRICS.A declaração do ministro vem em meio ao debate sobre a ampliação do BRICS, o que interessa principalmente à China. O movimento é visto como uma tentativa de se contrapor aos Estados Unidos e ao G7. Brasil exige critérios claros para ampliação do Brics; Argentina, Arábia Saudita e Emirados Árabes são candidatos fortesDepois de Haddad, o ex-chanceler e assessor especial do presidente Lula (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, declarou que a cúpula do BRICS representa uma "afirmação global". "Acho que todo o interesse inclusive que existe na expansão, países que desejam ser parceiros ou membros plenos do Brics, demonstra que há uma nova força no mundo. O mundo não pode ser mais visto como ditado pelo G7. O [ex-presidente dos EUA Barack] Obama já tinha percebido isso quando disse que o G20 substituiu o G7".