Ex-funcionário afirma que Mauro Cid considerava presentes de delegações estrangeiras como pessoais
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Revelação foi feita por ex-chefe do Gabinete de Documentação Histórica do Palácio do Planalto durante investigações sobre venda ilegal de joias recebidas por autoridades
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247 - O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tinha o hábito de tratar os presentes entregues por delegações estrangeiras como personalíssimos, de acordo com as declarações de Marcelo Vieira, ex-chefe do Gabinete de Documentação Histórica do Palácio do Planalto, destaca o Metrópoles. Os presentes considerados personalíssimos são geralmente aqueles vistos como propriedade privada da pessoa que os recebeu, frequentemente sendo itens de menor valor ou consumíveis, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU).Marcelo Vieira, que trabalhou no Planalto durante o governo Bolsonaro, afirmou em uma entrevista à Globonews que Mauro Cid adotou essa prática ao longo dos quatro anos de governo. Vieira explicou que frequentemente teve que reiterar que os presentes não deveriam ser tratados como pessoais. “O Cid já chegava dizendo que aquilo era personalíssimo. E eu falava assim: “pelo amor de Deus, isso não é personalíssimo”, desabafou Vieira. “Passei quatro anos explicando isso para ele. E ele continuou. Eu não sei se ele não entendia ou se entrava por um ouvido e saía pelo outro”, completou.Quando questionado sobre a visão de Mauro Cid em relação aos presentes, Vieira simplesmente respondeu que o tenente-coronel "tinha a interpretação dele".Na última quinta-feira (31), Mauro Cid e outras sete pessoas prestaram depoimento à Polícia Federal (PF) no contexto de uma investigação sobre um possível esquema envolvendo joias recebidas como presentes por delegações estrangeiras.