Maduro assina na China acordo para o desenvolvimento de zonas econômicas especiais
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Maduro chegou ontem à China com o propósito de reforçar a cooperação bilateral e teve um encontro com o secretário-geral do Partido Comunista da China
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Télam - A Venezuela e a China assinaram hoje um memorando de entendimento para o desenvolvimento e modernização das zonas econômicas especiais, no âmbito da turnê internacional que o presidente venezuelano Nicolás Maduro realiza pelo gigante asiático, com o objetivo de fortalecer as relações diplomáticas."Este documento está relacionado com o âmbito da cooperação, o desenvolvimento e a modernização das zonas econômicas especiais", esclareceu o Ministério da Comunicação e Informação da Venezuela em um comunicado replicado pela agência de notícias Sputnik.Segundo o texto, o tratado foi firmado entre a Superintendência Nacional das Zonas Econômicas Especiais da Venezuela e o Centro de Pesquisa das Zonas Econômicas Especiais da Universidade de Shenzhen da China."No caso da Venezuela, com as Zonas Econômicas Especiais se fortalece um modelo de desenvolvimento econômico soberano e de produção nacional que garanta a cadeia produtiva, a segurança jurídica, a justiça social e os meios ambientalmente sustentáveis", acrescentou o organismo na nota.Maduro chegou ontem à China com o propósito de reforçar a cooperação bilateral e teve um encontro com o secretário-geral do Partido Comunista da China em Guangdong, Huang Kunming, no qual destacou que estas zonas especiais são "um caminho para diversificar a economia e para expandir as forças produtivas da Venezuela, vinculadas à alta tecnologia desta nova era".A última visita de Maduro à China tinha sido em 2018, durante a qual ele elogiou a visão do presidente chinês, Xi Jinping, de um "destino comum para a humanidade". Esta é a sua décima primeira viagem ao gigante asiático.A China, cujo presidente Xi visitou pela última vez a Venezuela em 2014, mantém relações estreitas com o governo de Maduro, isolado internacionalmente, e é um dos principais credores do país latino-americano, cujo PIB caiu 80% em uma década devido ao efeito da crise econômica.A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, viajou a Xangai e Pequim nesta semana, e se reuniu com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, para conseguir novos investimentos no setor petrolífero e discutir sobre possíveis empreendimentos conjuntos entre empresas dos dois países.Um mês antes da viagem de Rodríguez, Maduro havia assinado os decretos de ativação de quatro Zonas Econômicas Especiais, localizadas em diferentes regiões estratégicas do país, a fim de avançar na construção de um novo modelo pós-petroleiro.A visita de Maduro à China ocorre em momentos em que os líderes mundiais se encontram na Índia para uma cúpula do G20 na qual o presidente chinês está ausente.A China emprestou cerca de 50.000 milhões de dólares à Venezuela na década de 2010, um montante que o país sul-americano se comprometeu a devolver através de envios de petróleo.Em 2018, ano em que Maduro venceu umas eleições que não foram reconhecidas por boa parte da comunidade internacional por supostas irregularidades, a dívida ascendia a 20.000 milhões de dólares.