Governo convoca reunião de emergência sobre seca na Amazônia; 130 mil correm risco de desabastecimetno
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Rio Negro tem queda de 20 centímetros em seu nível de água a cada dia
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247 - A Amazônia enfrenta uma grave crise de seca desencadeada pelo fenômeno El Niño, que se fortalece a cada dia. Os efeitos já estão sendo sentidos nos principais rios da região, com o Rio Negro, um dos afluentes do Rio Amazonas, registrando uma queda alarmante de 20 centímetros em seu nível a cada dia.De acordo com reportagem do jornal O Globo, devido à gravidade da situação, uma reunião de emergência foi convocada para esta terça-feira (26), envolvendo os ministérios do Transporte e de Portos e Aeroportos, bem como os governos estaduais do Amazonas e de Rondônia. O principal objetivo dessa reunião é discutir medidas urgentes para enfrentar os impactos dessa seca, com destaque para a necessidade de dragagem dos rios e outras ações para minimizar as perdas no transporte fluvial.De acordo com estimativas do governo federal, a capacidade de transporte fluvial na região pode ser reduzida em até 40%, o que teria sérias consequências para o abastecimento e a mobilidade das comunidades locais. A Defesa Civil do Amazonas alertou que aproximadamente 130 mil famílias serão afetadas por essa estiagem, agravando ainda mais a situação.Os rios mais afetados pela seca na Amazônia incluem o Negro, Solimões, Purus, Juruá e Madeira. O Rio Negro, em particular, tem registrado uma diminuição alarmante de 20 centímetros em seu nível de água a cada dia, segundo informações do Serviço Geológico do Brasil. Embora essa marca seja o dobro do que foi registrado no ano passado, ainda é menos severa do que as secas históricas de 2005 e 2010. A falta de chuvas na Região Norte é evidente, conforme confirmado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).Além disso, os afluentes da margem direita do Rio Amazonas também estão sofrendo com a redução da vazão, impactando a navegação nos rios Purus, Juruá e Madeira. A vazão do Rio Madeira, por exemplo, está 35% abaixo da média do mês, agravando ainda mais a crise de abastecimento na região.O Monitor de Secas, coordenado pela ANA, já havia alertado sobre a progressão da seca no Norte e Nordeste durante julho e agosto. Neste mês de setembro, 59 dos 62 municípios do estado do Amazonas estão sofrendo os impactos diretos da seca, com 13 deles em estado de emergência, ressaltando a urgência de medidas para enfrentar essa crise.