EUA e a Alemanha estão arquitetando também um "plano B"
247 - A Alemanha e os Estados Unidos, os dois principais apoiadores militares da Ucrânia, pretendem pressionar Kiev a negociar com a Rússia, limitando a quantidade e a qualidade das armas fornecidas, relatou o jornal alemão Bild na sexta-feira, citando uma fonte do governo alemão.
Os dois países planejam fornecer a Kiev exatamente o tipo e a quantidade de armas que tornariam o exército ucraniano capaz de manter as posições atuais, mas incapaz de recuperar os territórios controlados pela Rússia, de acordo com o relatório.
Dessa forma, Berlim e Washington esperam coagir o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a acreditar que não há sentido em continuar lutando, sem pedir diretamente que ele se sente à mesa de negociação com a Rússia, acrescentou o Bild.
Se esse plano não funcionar, os EUA e a Alemanha estão arquitetando também um "plano B" com um desfecho de "acordo de Minsk sem um acordo", quando o conflito entre Rússia e Ucrânia se congelaria sem uma demarcação de fronteira negociada. Berlim pretende incentivar Kiev a negociar com base na situação atual no terreno, acrescentou o Bild.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse recentemente que a Rússia nunca rejeitou as conversações de paz com a Ucrânia e foi a Ucrânia quem anunciou publicamente que se retiraria do processo de negociação.
As delegações russa e ucraniana envolveram-se em várias rodadas de conversações de paz desde então, mas em outubro de 2022 o presidente ucraniano Zelensky assinou um decreto declarando que Kiev não poderia manter conversações de paz enquanto Putin fosse presidente da Rússia.
Moscou lançou a sua operação militar na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Kiev acusa a Rússia de violar os acordos de cessar-fogo entre 2014 e 2022. O presidente Putin disse que a operação foi uma resposta aos pedidos das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk para protegê-las da intensificação dos ataques das tropas ucranianas.