O chanceler iraniano advertiu que dará uma resposta que fará Israel se arrepender se considerar agredir o território iraniano
247 - "Sem dúvida, a resposta [do Irã] a qualquer aventuria e agressão do regime sionista será forte e fará com que se arrependa", enfatizou Hosein Amir Abdolahian em uma ligação telefônica com o secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, referindo-se à retórica beligerante das autoridades israelenses contra a República Islâmica do Irã, informa o canal HispanTV.
Quanto ao conflito em Gaza, que continua por mais de 80 dias, o chefe da diplomacia persa deixou claro que a crise atual na Palestina "não se deve aos eventos de 7 de outubro passado, mas decorre de 75 anos de ocupação pelo regime de Israel, violação constante dos direitos fundamentais dos palestinos, crimes de guerra e genocídio contra esta nação inocente, nos quais o Reino Unido desempenhou um papel evidente".
Ele condenou o silêncio de alguns governos ocidentais diante dos crimes cometidos por Israel desde o início da campanha de agressões implacáveis contra a Faixa de Gaza, que causou mais de 21.000 vidas inocentes, e criticou "o duplo padrão" do Ocidente em relação aos conflitos em curso em Gaza e Ucrânia.
"Não se pode permitir que o regime de Israel cometa um genocídio em Gaza, matando mulheres e crianças e incendiando a região, e [ao mesmo tempo] considerar a apreensão de um navio sionista no Mar Vermelho como um ato que coloca em perigo a segurança dessa rota comercial", indicou Amir Abdolahian, referindo-se aos ataques do Iêmen a qualquer navio no Mar Vermelho e no Estreito de Bab El-Mandeb que se dirija aos portos israelenses, em apoio a Gaza.
Quanto à posição da República Islâmica em relação à Resistência palestina, o principal diplomata persa afirmou que o Irã "considera o HAMAS como um movimento de libertação contra a ocupação e o apartheid", da mesma forma que o movimento anti-apartheid sul-africano.
Ele expressou ainda a esperança de que o Reino Unido ajude a melhorar a atmosfera das relações adotando uma "abordagem realista e construtiva" em relação aos eventos regionais e às relações bilaterais.
Cameron, por sua vez, solicitou os esforços do Irã para evitar que a guerra se espalhe pela região do Oriente Médio e preservar a segurança da navegação marítima.
Desde o início da guerra genocida da entidade sionista contra a Faixa de Gaza em 7 de outubro, o Iêmen lançou várias rodadas de ataques com mísseis e drones contra os alvos israelenses e prometeu impedir a passagem de navios em direção aos territórios ocupados através do Mar Vermelho.
Diante dessa situação, os Estados Unidos, firme aliado do regime de ocupação, anunciaram a formação de uma coalizão anti-Iêmen de 10 países para o Mar Vermelho e decidiram aumentar sua presença nessas águas. A República Islâmica advertiu que a aliança marítima poderia ampliar o alcance do conflito para toda a região e detalhou que a única solução para a crise é interromper a agressão israelense contra Gaza.