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Uma operação reuniu quase cem policiais penais federais e envolveu três penitenciárias
247 - Chefes do Comando Vermelho (CV), com sede no estado do Rio de Janeiro, e de outras facções criminosas foram transferidos de presídios federais em uma operação que reuniu quase cem policiais penais federais e envolveu três penitenciárias. Foram movimentados 11 internos do regime fechado (execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média). Entre eles, Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Mano G.
De acordo com informações publicadas nesta quarta-feira (17) pelo jornal O Globo, a Polícia Penal Federal (PPF) afirmou que o rodízio de custodiados do Sistema Penitenciário Federal (SPF) é estratégia de inteligência penitenciária visa "desarticular as organizações criminosas".
Preso desde 2001 e condenado a 317 anos de prisão, Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi capturado na Colômbia em uma área dominada pelas Forças Armadas. Na operação da PPF, ele foi levado do presídio de Campo Grande (MS) para Mossoró (RN).
O traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, foi preso em 1996. No rodízio, ele foi transferido do Rio Grande do Norte para o Mato Grosso do Sul, caminho inverso de Beira-Mar. As condenações de Márcio, por tráfico de drogas e por homicídios, somam 44 anos de prisão.
Gelson Lima Carnaúba, conhecido como Mano G, comandou em 2002 uma chacina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM). A rebelião durou 13 horas e deixou 12 mortos. De acordo com o Relatório Anual da Justiça Global do mesmo ano, a rebelião foi motivada pela morte do detento André Luiz Pereira de Oliveira, que teria sido espancado e torturado por três agentes penitenciários. Mano G foi condenado pelo envolvimento no episódio em 2022, com pena de 48 anos de prisão.