"Todos que compartilharem aquele palanque estarão apoiando o golpe de estado, a ditadura que Bolsonaro tentou viabilizar", diz Alex Solnik
No ensolarado 25 de janeiro de 1984, São Paulo deu o pontapé inicial da jornada que culminou com o encerramento da ditadura militar que durava 20 anos.
Ouviu-se, na lotada Praça da Sé, o primeiro grito pela liberdade, contra as cassações, contra as prisões arbitrárias, contra a tortura.
Dentre os líderes desse episódio inesquecível das Diretas Já, Mário Covas, que seria governador nos anos 90, ocupava lugar de destaque.
Seu neto e herdeiro político, Bruno Covas, foi eleito prefeito de São Paulo em 2020. Derrubado pela doença, morreu no cargo, dando lugar a seu vice, Ricardo Nunes, atual prefeito.
Político inexpressivo, amorfo, sem nenhuma história, sem realizações, sem discurso, agarra-se ao sobrenome Covas para se reeleger.
A estratégia começa a ir por água abaixo a partir de hoje.
Neste domingo, 25, mas de fevereiro, uma caravana infame invade São Paulo em apoio ao ex-presidente que será condenado por tentativa de golpe de estado, o maior crime que é possível cometer contra a democracia, tantas são as provas já apresentadas contra ele e seu grupo.
A Justiça ainda não deu a sentença, o que é só uma questão de tempo.
Além de permitir a invasão intolerável, Nunes promete estar no palanque, ao lado daquele que representa tudo contra o que Mário Covas sempre lutou. E venceu.
Todos que compartilharem aquele palanque estarão apoiando o golpe de estado, a ditadura que Bolsonaro tentou viabilizar até o último minuto de seu repugnante governo.
Talvez eles não saibam, mas vão ficar sabendo, que São Paulo tem ódio e nojo dos que apoiam ditadores.
Todos naquele palanque são traidores das Diretas Já.