"A União Europeia está dentro da guerra. Não tem mais interlocução", alertou o presidente, que também pediu mudança na governança global e condenou o bloqueio dos EUA contra Cuba
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender nesta terça-feira (27) a criação de um grupo de países para discutir sobre como negociar o fim da guerra na Ucrânia, ocupada por tropas da Rússia.
"Brasil tem autoridade política para discutir esse assunto com Biden, Alemanha, França e China, que é peça fundamental para a gente encontrar uma solução", disse o chefe de Estado brasileiro ao jornalista Kennedy Alencar, durante entrevista exibida na RedeTV. "A União Europeia está dentro da guerra. Não tem mais interlocução". >>> Lula mantém posição e afirma que repetiria comparação entre atrocidades de Israel e da Alemanha nazista
Na conversa, Lula citou alguns países que podem fazer parte do grupo. "China, é muito importante, Índia, Indonésia, México. Um grupo de países que não tem nada a ver com a guerra, que podem ter facilidade de conversas com a Ucrânia e a Rússia".
O presidente também defendeu que "é preciso mudar a governança" global. "Mais países nas Nações Unidas, no Conselho de Segurança".
Ainda sobre política externa, Lula condenou o bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba e Venezuela. "Não tem sentido".