Ele destacou que, em vez de negar a derrota, o governo deveria ter se comprometido a melhorar para o futuro
247 – O ex-vice-presidente e atual senador Hamilton Mourão expressou em entrevista ao UOL News nesta segunda-feira (11) que o encerramento do governo Bolsonaro foi marcado por uma atmosfera melancólica, ressaltando que a derrota eleitoral deveria ter sido aceita de forma clara. Durante o diálogo, Mourão salientou a importância de reconhecer a perda, afirmando: "Perdemos por pouco, mas perdemos". Ele destacou que, em vez de negar a derrota, o governo deveria ter se comprometido a melhorar para o futuro, visando retornar com mais força nas próximas eleições, em 2026.
Mourão defendeu o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, enfatizando sua habilidade em manter a coesão da instituição em meio às turbulências políticas. Além disso, o senador criticou a atuação do tenente-coronel Mauro Cid no contexto do suposto golpe de Estado, destacando sua discordância em relação às atividades políticas desempenhadas por Cid, que, segundo ele, prejudicaram sua carreira.
Ao discorrer sobre sua relação com Bolsonaro após as eleições, Mourão revelou que o diálogo entre ambos cessou, observando que o presidente o excluiu após a escolha de seu novo vice-presidente. Segundo Mourão, essa falta de comunicação ficou evidente nos meses subsequentes à derrota eleitoral, onde ele não foi incluído em reuniões relevantes no Palácio da Alvorada.
Por fim, Mourão elogiou a decisão do presidente Lula de não celebrar os eventos relacionados aos 60 anos do golpe militar, interpretando-a como um passo positivo em direção à pacificação nacional. Ele reiterou que, em sua visão, um golpe de Estado não pode ser planejado através de uma minuta, sublinhando sua discordância com as investigações policiais que apontaram tal possibilidade durante o governo Bolsonaro.
