Setor do turismo se posiciona contrário à nomeação de administradora na Sectur

Assim como a classe artística, setores que compõem o Comtur (Conselho Municipal de Turismo) foram pegos de surpresa com a nomeação da administradora Mara Bethânia como titular da Sectur (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo). Ofício com sugestão de nome ao cargo foi protocolado pelo presidente do conselho, Marcelo Mesquita, no último dia 9, antes de ocorrer a nomeação, no entanto, não houve respaldo do Executivo. “Na verdade a gente iniciou conversa com a prefeita antes mesmo da saída do Max (Freitas, ex-secretário), mas não tínhamos sugerido nome por respeito a ele. Quando o Max saiu imediatamente nós tentamos novo contato, mas sem sucesso”, explicou Mesquita. No dia 9 de janeiro uma carta foi entregue à prefeitura, mas, sem resposta, no dia 11 foi protocolado o ofício. “Mas para nossa surpresa, na calada da noite, houve a nomeação”, contou. A nomeação de Mara ocorreu no início da noite de terça-feira (17) em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).  No dia seguinte ela iniciou os trabalhos na pasta. Até então a administradora era secretária-adjunta na Sidagro (Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico). Além de não consultar as categorias, outra reclamação é justamente a inexperiência da nova secretária nas áreas abrangidas pela Sectur. “Nem conhecemos essa senhora, mas para atuar na área específica nossa, não pode ser desconhecida, tem que ter vivência dentro da área. São 52 segmentos de mercado, é o setor de maior empregabilidade da Capital”, disse. O conselho vai aguardar pronunciamento por parte de Adriane, mas, caso não ocorra, deverá buscar outros meios para conseguir ser ouvido. “Porque isso é um retrocesso de anos em relação ao mercado do turismo local”, finalizou. No fim da tarde desta quarta-feira (18), após manifesto contrário por parte de artistas de Campo Grande, a chefe do Executivo argumentou que Mara Bethânia foi escolhida porque estava disposta e negou que não tenha ouvido as categorias. “Ela é técnica, estava disposta ao novo desafio, já fazia parte da gestão desde 2017/2018, acredito que ela vá fazer um bom trabalho ali em parceira com a secretária-adjunta que permanece. A cultura pedia permanência da adjunta e ela vai permanecer, respeitando também este posicionamento”.