Presos alegam que policiais chegaram para revista geral, mas negam motim
Dois internos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, apontados como responsáveis pelo motim na tarde de segunda-feira (23), Lucas Aparecido Lourenço da Silva, 21 anos, e Lucas Portes Silva,27 , alegaram em depoimento que policiais do Cope (Comando de Operações Penitenciárias) foram ao local para revista geral e negam que houve rebelião. À polícia, Lucas Aparecido, relatou que cumpre pena por crimes de tráfico e roubo na unidade penal e que a equipe do Cope “apareceu” para revista geral. Segundo ele, os agentes teriam chego ao local ofendendo os internos e suas famílias. Alguns presos então ficaram com raiva começaram a reclamar das ofensas. No depoimento, ele afirma que em determinado momento os presos foram colocados novamente na cela e ele foi levado para outro pavilhão junto com Lucas Portes. No local, eles teriam pedido para que o chefe de segurança do presídio “desse uma atenção” pois não estariam envolvidos em nada, mas que por não serem atendidos passaram a chacoalhar a grande da cela. Ele alega que a grade já estava solta, por isso acabou sendo derrubada por eles. Neste momento, o Lucas Aparecido afirma que os policiais do Cope passaram a atirar com elastômero contra os internos, proferindo ameaças a eles e seus familiares, mas diz que em nenhum momento resistiu ou ofendeu os agentes. A versão é confirmada por Lucas Portes. O interno declarou que cumpre pena na unidade por roubo e que os policiais teriam chego no local ofendendo dos internos e seus familiares. Com isso, eles ficaram com raiva e passaram a reclamar. Em determinado momento, ele e Lucas Aparecido foram levados para outro pavilhão, no local ele foi agredido com pauladas e o colega de cela com tiros de borracha. Policiais Penais – Na versão dos policiais penais, equipe do Cope foi acionada porque a dupla que cumpre pena na cela 2 na galeria disciplinar B, se amotinaram e passaram a promover “desordem no estabelecimento prisional, insuflando demais custodiados da unidade”. Os agentes afirmam ainda que a dupla danificou de forma dolosa os batentes da cela e tomaram o corredor da galeria. Os internos então passaram a ofender os policiais e dizer “nós somos a maior facção do país. Na rua nós não vamos com borracha não. Esse tipo de coisa é pra cobrar arrancando a cabeça. Vocês vão embora e nós vamos quebrar tudo”, teriam declarado os presos. Com isso, foi feita a intervenção pelos agentes do Cope e Lucas Aparecido e Lucas Portes acabaram resistindo, arremessando objetos contra a equipe. Com isso, os agentes passaram a dar tiros de espingardas calibre 12, municiadas com balas de borracha e acabaram lesionando Lucas Aparecido nas costas. Ele foi levado para atendimento médico na unidade prisional e em seguida encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, onde o caso foi registrado.