Menino abandonado 3 vezes só conseguiu uma mãe graças a determinação de juíza
Vítim Vitima de três tipos de abandonos diferente, garoto de cinco anos que morava em casas de acolhimento em Rio Brilhante, município a 161 quilômetros de Campo Grande, enfim conseguiu o afeto de uma família. Nesta reportagem ele receberá o nome fictício de Gustavo. Antes de ser adotado, o menino foi retirado da mãe dependente química, o primeiro "abandono" nesta vida, mesmo sem ser literal. Pela condição da mãe, nasceu com síndrome alcoólica fetal. Começou ai a mudança de casa, abandonado depois pelo irmão e ai pela avó. A história termina bem devido à juíza da cidade que não desistiu do caso até encontrar um lar para a criança. Gustavo nasceu prematuro, com pouco mais de um quilo e foi para a casa de acolhimento ainda bebê, em razão da dependência de álcool e drogas dos pais e da negligência de cuidados . O segundo abandono foi feito pelo irmão mais velho, que cuidou da criança por dois meses, mas deixou o pequeno com a avó, que também o deixou. Esse foi o terceiro desamparo sofrido por Gustavo. A avó, já idosa e doente, alegou que não tinha condições de cuidar do neto e o devolveu para casa de acolhimento. Desde então o garoto estava aguardando por uma adoção. Foi então que a juíza Monique Rafaele Antunes Krieger, responsável pelo processo, entrou em cena e conheceu Gustavo. A história foi contada na página do Tribunal de Justiça. Segundo a juíza, além de síndrome alcoólica fetal, um transtorno decorrente do abuso de álcool da mãe durante a gestação, o menino também tem hiperatividade, que é controlada com uso de medicação, e está abaixo do peso recomendado para a idade. Busca - Apesar dos esforços, a procura de uma família que aceitasse Gustavo estava difícil. O sonho do pequeno - que até então ansiava pelo retorno da mãe biológica, falecida em 2021, em decorrência do quadro de dependência química - estava longe de ser alcançado. A juíza precisou ampliar as buscas no SNA (Sistema Nacional de Adoção) para enfim encontrar uma mãe para o menino. E foi em Goiás que a solução apareceu. Com contato feito, a pretendente embarcou em um ônibus e, ao conhecer Gustavo, soube de imediato que havia encontrado seu filho. Já no primeiro dia de convivência, ele também a chamava a mulher de mãe. O caso de Gustavo foi o primeiro da carreira da juíza. Ela informou que a mãe adotiva do menino é viúva, não tinha filhos, apenas dois enteados. O menino e a mãe já estão juntos no interior de Goiás começando uma nova vida. Ao deixar a comarca, a mãe adotiva explicou que o quartinho do garoto já estava pronto esperando Gustavo e que os enteados ansiosos com a chegada do irmãozinho. A história do menino foi contata pelo Tribunal de Justiça de Rio Brilhante.