Bares e restaurantes já pensam em expandir negócios com redução de impostos
O setor de bares e restaurantes espera que mais empresas sejam abertas em Mato Grosso do Sul, após o anúncio do “pacotão” de redução de impostos para o setor produtivo. A medida faz parte de uma série de desonerações impostas pelo governador Eduardo Riedel, na noite de segunda-feira (24), durante o evento “Ano 1 de um novo ciclo de desenvolvimento”, no qual foi apresentado o planejamento da gestão para 2023. Segundo o presidente da Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul), Juliano Wertheimer, o debate ocorre desde o ano passado. O setor ainda não passou detalhes sobre o que será, de fato, reduzido. “O anúncio foi muito bem recebido pelo setor. Isso é uma construção que a Abrasel vem fazendo desde o ano passado com o Governo do Estado, e que busca uma condição mais favorável para o desenvolvimento do setor, para criação de novos postos de trabalho e para atração de novas empresas e novas redes para o nosso Estado”, destacou. Riedel garantiu que vai desonerar cerca de 24 mil microempreendedores; reduzir 58% do ICMS sobre novos produtos da cesta básica, impactando diretamente o setor alimentício. Na visão da economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Andreia Ferreira, o foco do Governo do Estado é beneficiar o empresário, não necessariamente o consumidor. A profissional explica que há outros elementos que compõem o preço dos alimentos, como os agrotóxicos e fertilizantes, água, energia elétrica, transporte, equipamentos, safra e condições climáticas. “Pode acontecer como se deu no caso dos combustíveis, ficou menos caro para o consumidor final. O foco dele foi o setor empresarial, não necessariamente a redução chega aos consumidores, nem na mesma magnitude, embora fosse o ideal que boa parte da redução chegasse aos consumidores”, avalia Andreia. Indústria – Também foi anunciado redução de impostos para compra de máquinas pesadas e impostos menores para a indústria, agronegócio, comércio e serviços. No entanto, este também não foi detalhado. “Entendemos que isso é de extrema importância. Hoje, o Estado é pujante, quer na geração de empregos, quer na atração de investimentos. A indústria, como segunda atividade econômica, vem se consolidando. Isso é muito importante para nós, industriais. São projetos que estão sendo construídos em aliança com todos os poderes, com as federações”, disse o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen. Outras medidas - Além disso, Riedel disse também que vai isentar totalmente o imposto para os produtores de associações e cooperativas de itens que compõem a merenda escolar. Carros leves e pesados convertidos para gás natural terão o IPVA zerado.