Governo de MS foi o que mais investiu em policiamento no ranking nacional
Os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023 divulgados nesta quinta-feira (20) mostram o os dados comparativos de investimento no setor nos últimos dois anos. Em 2022, a União gastou com a função R$ 124,8 bilhões, sendo R$ 101 bilhões financiados pelos Estados e Distrito Federal. O gasto total em segurança teve crescimento de 11,6% em relação ao ano anterior justamente pelo maior volume de despesas estaduais, essas 12,9% em relação a 2021. Mato Grosso do Sul se destacou neste levantamento. Foi o Estado brasileiro que mais desembolsou recursos para custear despesas com policiamento. Se em 2021 foram destinados R$ 138.252.214,67, no ano passado o valor investido foi de R$ 327.639.284,94, ou seja, 137% a mais em relação ao mesmo período. A média nacional é de 5,6%. No comparativo com todos os dados analisados de investimento, Mato Grosso do Sul também fica acima do percentual geral. Enquanto a média no país foi de 11,6% de aumento entre 2021 e 2022, o Estado teve uma variação de 20,8% no mesmo período. O dado também coloca a gestão dos últimos dois anos em evidência. O investimento em segurança por cada sul-mato-grossense é de R$ 722,56. É o oitavo maior valor dentre os 26 estados e o Distrito Federal. No levantamento de 2019 a 2022 que levou em conta a evolução das despesas com a Função Segurança Pública, Mato Grosso do Sul também lidera no Centro-Oeste. Com 38,1 % de variação nos quatro anos, fica a frente de Mato Grosso (27,9%), Distrito Federal (7,4%) e Goiás (-20%). Em relação aos demais estados, ficamos em terceiro lugar no ranking nacional. Atrás somente da evolução de gastos de Roraima (92,2%) e Rondônia (63,7%). A média nacional apontou a variação de 11,4%. Capital – O Fórum Nacional de Segurança Público destacou o investimento das capitais para o setor. Assim, como ocorrido com os estados, as capitais tiveram nos últimos anos aumentos importantes de receitas. As receitas correntes líquidas das capitais aumentaram 20% em relação a 2018, já descontada a inflação, impulsionadas pelo ISS (Imposto Sobre Serviços), que cresceu 24%, e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), com crescimento de quase 26%, o que permitiu que essas cidades tivessem maior volume para investir e mais disponibilidade de caixa. Campo Grande foi uma das que apareceu com valores estagnados no período. Em 2019 a Capital destinou 1,2% na proporção de despesa em segurança pública pela Receita Corrente. Nos últimos três anos o percentual foi o mesmo, de 1,4%.