Juiz manda a júri popular motorista bêbado que atropelou e matou mulher
O juiz Aluízio Pereira dos Santos aceitou o pedido de pronuncia de Charles Goes Junior, denunciado por atropelar e matar Michelli Alves Custódio, 36 anos. O crime aconteceu na madrugada do dia 13 de outubro de 2022 e a decisão de mandar o acusado a júri é do final de julho deste ano. Michelli foi atropelada em frente de casa, na Avenida Fábio Zahran, equina com a Rua Ouro Branco, Vila Carvalho, em Campo Grande. A vítima havia sido chamada por uma travesti, amiga dela, e as duas conversavam no portão da residência. As duas foram atropeladas pelo Renault Sandero. Os filhos de Michelli, de 8 e 10 anos, presenciaram o crime e chegaram a pedir socorro a um vizinho pensando que a mulher estava viva. O condutor ainda chegou a atingir Victor Nunes Uchoa Cavalcante, 32 anos, que seguia para encontrar as duas em frente a casa da vítima. O acidente foi registrado por câmera de segurança. Charles foi preso em flagrante após o crime ocasião em que admitiu ter bebido enquanto assistia à partida do Corinthians contra Flamengo, na final da Copa do Brasil, horas antes do acidente. Ele foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em outubro daquele ano e em maio de 2023, a promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo pediu que ele fosse submetido a júri popular. O pedido foi aceito pelo juiz em julho. Segundo magistrado “as aludidas circunstâncias devem ser levadas à apreciação do Conselho de Sentença. Charles foi pronunciado por homicídio qualificado por perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima, em relação à Michelli e por tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras por conta dos doutros dois feridos. A data do julgamento ainda não foi marcada. Indenização – Em maio deste ano a mãe de Michelli entrou com pedido de indenização e pensão vitalícia contra Charles e a empresa locadora de veículos, que alugou o Sandero ao autor. Ao todo ela pede R$ 660 mil divididos entre as duas partes e mais R$ 5.444 até que o filho da vítima complete 25 anos. A alegação é que o menino dependia financeiramente da mãe e, segundo avó, desenvolveu ansiedade, tristeza profunda e teve perda de rendimento escolar precisando de medicação controlada e acompanhamento psicológico. Os valores pedidos seriam para custear alimentação, saúde, medicação, transporte e educação da criança.