Em família de 7 irmãos, bebê que nasceu em frente ao presídio está na UTI

Após dar à luz ao sétimo filho, Tatiane Arruda, de 28 anos, teve que se separar da pequena Ester Vitoria, que nasceu com apenas 36 semanas de gestação e muito abaixo do peso. A menina nasceu na tarde de ontem (12), em frente ao presídio do Jardim Noroeste, em Campo Grande. A mulher e a filha, ainda na barriga, estavam visitando o pai da criança, quando Tatiane começou a sentir dores. “Ela resolveu ir para fora, quando chegou lá na frente a bolsa estourou, foi muito rápido, só deu tempo dela tirar a roupa e a neném sair”, contou Josiane Arruda, de 27 anos, tia da criança. “Ninguém do presídio fez nada para ajudar, apenas as mulheres que estavam esperando para visita e um motorista de aplicativo que estava passando na hora. Se não fosse ele segurar a minha sobrinha, ela teria caído direto no chão, ele foi um herói”, finalizou. Amarildo Santana, de 32 anos, contou que uma mulher havia solicitado a corrida naquela região e por isso estava perto, mas no caminho a passageira mandou uma mensagem dizendo que uma mulher precisava ser lavada até um posto de saúde. Sem entender, ele continuou rumo ao presídio. “Quando eu cheguei lá, estava um tumulto de gente, eu vi que a mulher ia dar à luz e corri para ajudar. Por sorte, na hora que cheguei o bebê caiu nos meus braços. Eu saí do meu carro de qualquer jeito, só queria ajudar”, contou o motorista. Josiane ainda reclama que o resgate demorou a aparece. Coube a Polícia Militar socorrer mãe e filha. Segundo a tia da criança, no meio do caminho uma equipe do Samu (Serviço Avançado Móvel de Urgência) interceptou a viatura da PM e levou as duas ao Hospital Universitário. A mãe está bem, ficou um tempo em observação e logo irá receber alta. Já a pequena respira com ajuda de aparelhos, toma leite através da sonda e precisará ficar mais alguns dias no hospital.   Não é a primeira vez –  Segundo Josiane, essa não foi a primeira vez que a irmã teve um parto inusitado.  Há seis anos, Tatiane estava prestes a ganhar uma menina também, mas não havia ambulância disponível e devido à chuva viaturas não entrava no bairro em que a moça morava, foi quando a mulher entrou em trabalho de parto dentro de casa e quem auxiliou foi o pai da criança.