Criativo e ecológico, projeto de escola municipal recebe prêmio

Com criatividade, caixas de leite e papelão também podem virar objeto pedagógico. É isso que os alunos do 5º ano da Escola Municipal Elpídio Reis, localizada no Bairro Mato do Jacinto, em Campo Grande, mostraram, ao realizarem um projeto com objetos recicláveis que abordam para abordar temas sobre a América Latina.  A iniciativa, intitulada "Territórios: América Latina e Gênero", não apenas cativou a imaginação dos estudantes, mas também rendeu à professora de Artes da escola, Ana Carolina Sandim, uma premiação no o Prêmio Arte na Escola Cidadã, o maior prêmio de arte-educação do Brasil.  O projeto teve origem no mestrado da professora, que almejava realizar uma intervenção criativa com os alunos. "Pesquisei com os alunos quais eram os brinquedos que a gente pudesse fazer para que todos, tanto meninos quanto meninas, pudessem brincar. Os alunos trouxeram os materiais, como tampa de garrafa, rolo de papel higiênico, papelão, para a confecção", explica Ana Carolina. Para compreenderem o contexto da América Latina, os alunos trabalharam com mapas e cartografia. "Muitos não sabiam o que era América Latina e nem se reconheciam como latino-americanos. O primeiro momento foi trazer qual cultura eles tinham dentro de casa. A ideia dos objetos era construir algo que eles pudessem brincar, independente do gênero", destaca a professora. Antes da produção dos objetos, os estudantes também criaram mapas invertidos, inspirados na obra de Torres Garcia. "Eles fizeram desenhos individuais e depois se uniram em grupos para pintar o mapa. Aproveitei o referencial da Semed que contempla a arte latino-americana para desenvolver o projeto." Os objetos produzidos a partir de materiais recicláveis variam desde fogões até cafeteiras, foguetes e tabuleiros de damas. A imaginação dos 42 alunos envolvidos no projeto surpreendeu, demonstrando a criatividade e o aprendizado proporcionados pela proposta. Criatividade em ação -  Apaixonado por jogar dama, o estudante Gabriel Bandeira Rodrigues, de 11 anos, sugeriu à professora a criação de um tabuleiro e pesquisou na internet como fazer. "Precisei de tinta, papelão e tampinhas de garrafa. A parte mais difícil foi acertar a medida do tabuleiro. Fiz em uma noite, foi muito legal." Já a estudante Ammy Isabelle Vitório Delalibera, de 12 anos, criou um robô utilizando uma caixa de sabão, rolo de papel higiênico e tampa de garrafa. "Foi muito legal produzir com minhas próprias mãos." A estudante Beatriz Paniago Freitas, de 11 anos, construiu uma cafeteira usando uma caixa de papelão, uma garrafa pet e uma tampa encontrada no ambiente, que serviu para o tubo da cafeteira. Embora os alunos tenham se destacado na produção dos objetos, todos ressaltaram a importância da criação do painel invertido. "A gente aprendeu sobre cultura, sobre América Latina e foi muito interessante", afirmou o trio. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News .