Mansão localizada na esquina das ruas Jeribá e Luís Freire Benchetrit, no bairro Chácara Cachoeira, endereço nobre de Campo Grande, perdeu suas características de “casarão” para entrar na febre das galerias. Ganha forma como mais uma área comercial na cidade. No local, que já funcionou até como um hostel na cidade, estão em construção 17 lojas, de 55 m², 70 m² e 110 m² . O valor do aluguel de um espaço na região varia de R$ 4 mil a R$ 7,5 mil, a depender do tamanho da sala desejada. E a concorrência é grande, porque não falta em Campo Grande galeria do tipo. A diretora financeira do Sindimóveis/MS (Sindicato dos Corretores de Imóveis), Kenia Karla Haovila, diz que o investimento é atrativo, tanto pelo fácil acesso que a população tem a esses pontos comerciais, quanto em relação aos custos para quem empreende. A busca de investidores se concentra principalmente em bairros como Chácara Cachoeira e Cidade Jardim e Santa Fé, regiões onde há boa concentração de salas comerciais que oferecem serviços em diversos tipos de segmentos, desde vestuários, a centros estéticos e cafés. No Bairro Santa Fé, por exemplo, é possível encontrar salas de 89 m² no valor de R$ 6 mil de aluguel. “Com certeza é um investimento bastante atrativo, fica tudo mais fácil, tanto é que o centro da cidade, ele já não tem mais o movimento como antigamente”, exemplifica Kenia. O empresário Elton Luiz Crestani, 59, é proprietário de duas galerias comerciais, localizadas no bairro Aero Rancho e Jardim Itamaracá. A média de aluguel, em ambas as galerias, varia entre R$ 800 e R$ 1.100, a depender do m² de cada sala. Elton explica que existe uma alta rotatividade de aluguel, em função de empreendimentos que acabam não dando certo. “O pequeno comerciante que vai alugar, precisa que o negócio dele dê certo, para o meu dar certo. Geralmente quem dá certo são as empresas já estabilizadas. Agora, quem vem aqui se aventurar, é mais difícil. A gente tem todo todo tipo de inquilino”. “Se tu não investir numa numa avenida principal, você não vai ter o retorno. Então você tem que ter um fluxo de pessoas. Se tu anda a cidade inteira, tu vê muita galeria vazia em função da localização”, explica Elton. Midian Mello, 43, trabalha com moda evangélica e plus size e abriu a loja virtual durante a pandemia, após pedir demissão de uma loja no centro da cidade, onde trabalhava como vendedora. Ela loca uma loja em uma galeria comercial no Aero Rancho há quatro meses e investiu R$ 20 mil para abrir a loja, que antes era apenas virtual, no espaço físico. Ela paga R$ 1.700 de aluguel e garante que o investimento vale a pena. O negócio cresceu, e Midian relata que sentiu a necessidade de ter um local para receber as clientes que gostam de provar as roupas. Antes, ela fazia o atendimento em casa. “Desde o primeiro mês, a loja conseguiu se manter. Eu estou conhecendo novas pessoas, novos horizontes, novos clientes. O que ganho aqui, já passou o salário que eu ganhava [como vendedora]. Eu estou conseguindo manter a loja, estou conseguindo manter tudo em dia, estou conseguindo me manter, manter a minha casa”, declara Midian. Norma Elizabeth Machado, 35, administra uma loja de eletrônicos em uma galeria localizada no Bairro Parati há um ano. Ela paga R$ 1.800 de aluguel e investiu R$ 150 para abrir a loja. Ela afirma que foi um bom investimento. “Essa área aqui é muito boa para a gente. Tanto pela localização e a lotérica também, que traz mais fluxo de gente. Para a gente até agora tá dando muito certo”, comemora Norma. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
