Moradores do distrito de Piraputanga, em Aquidauana, denunciam que a Estrada Parque (MS-450) já tem sido corredor para escoar madeira, provocando intensa movimentação de caminhões e carretas. Há preocupação para os riscos ambientais e das condições de infraestrutura da rodovia. Nas redes sociais, moradores citam que a movimentação foi intensa no último fim de semana. Uma delas conta que no mesmo dia flagrou oito caminhões bitrens e que fios de energia elétrica também foram arrebentados pelo mesmo motivo. Outra moradora contou que flagrou quatro veículos carregados. “O asfalto já está ruim, imagina agora”, prevê. Em dezembro, o Campo Grande News publicou reportagem que a Suzano, empresa do setor de papel e celulose, tinha interesse em utilizar a rodovia para escoar matéria-prima, e que está seguindo os trâmites legais junto aos órgãos responsáveis pela liberação da via. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) informou que acionou o Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) cobrando medidas para impedir problemas ambientais no trecho de 42,5 km da Estrada Parque, que corta os trechos entre Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti, dentro de APA (Área de Proteção Ambiental). Segundo o parlamentar, os moradores pedem para que o tráfego pesado seja interrompido aos fins de semana para amenizar o problema. O Instituto SOS Pantanal apresentou duas alternativas. A primeira é um caminho alternativo. São 101 km saindo da floresta plantada sentido MS-345, passando por Cipolândia e chegando a MS-447, seguindo até o fim, de encontro a MS-352 que leva a Terenos. A segunda proposta conta com 102 km, mantendo a rota inicial, mas com medidas compensatórias à altura do impacto ambiental, e tomando medidas para garantir a integridade da fauna, como trafegar na rodovia entre 8h e 16h, velocidade máxima de 45 km por hora, e instalação de portais nas extremidades da estrada, entre outras ações. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
