Dias antes de sofrer estupro em presidio, detento pediu ajuda a mãe: 'Vida ou morte'
Preso escreveu carta fazendo apelo
Um detento denunciou sofrer violência sexual em um presídio em Minas Gerais. O homem de 22 anos disse ao advogado que acordou no último dia 2 sofrendo dores. Um dos companheiros de cela confessou o crime.
Segundo o jornal O Globo, o rapaz está preso há cerca de dois anos por roubo e faz uso de remédios controlados.
O jovem chegou a enviar uma carta a mãe pedindo ajuda, mas a mensagem só chegou no dia em que o crime foi consumado. A princípio, os familiares achavam que ele pudesse estar passando por uma crise psicológica e, por isso, teria escrito o bilhete em um tom de desespero.
No texto, ele pedia para que a mãe fosse vê-lo pessoalmente e com urgência, para tratar de uma questão de “vida ou morte”.
“Mãe, eu preciso que a senhora venha me visitar urgente, é caso de vida ou morte. Assim que essa carta chegar nas mãos da senhora, deixa tudo que estiver fazendo e venha me ver. Seu filho está precisando da senhora”, dizia parte do pedido.
De acordo com o advoado, o rapaz estava usando muitos remédios controlados "que o faziam dormir por dois ou três dias quase seguidos", e que o motivo seria a tentativa de fazer os dias na prisão passarem mais rápido.
A família e o advogado, ainda segundo O Globo, ainda não conseguiram contato com o detento por conta de uma briga dele com outro preso, o autor do estupro. A confusão gerou uma advertência disciplinar, que só permite que a suposta vítima receba visitas a partir do dia 13.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas Gerais informou que o caso está em investigação e que ainda não há confirmação do crime de estupro. Segundo a pasta, a suposta vítima passou pela equipe de saúde da unidade e foi levado para a delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações criminais. A unidade aguarda o resultado do laudo da perícia médica. Os dois presos foram separados e a direção da unidade abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido.