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Oficina dos 'Irmãos Vintage' dá vida a aparelhos de som com mais de 50 anos

Espaço no Imbuí reúne raridades analógicas e atrai amantes da alta fidelidade sonora

Geraldo, à direita, e Jeremias: os irmãos vintage

Em uma sala de 25 metros quadrados, os aparelhos de som ao redor somam, facilmente, cinco séculos de existência. Há mais deles – são 200 espalhados pelo chão e prateleiras – que salas no prédio de dois andares onde estamos na fila de espera pelo atendimento dos dois irmãos que darão um destino às engenhocas.

Os sócios Jeremias, 62 anos, e Geraldo Conceição, 52, estão separados por dez anos, nada perto das raridades às quais eles revestem de vida útil desde 2016. O primogênito entrou no mundo do som nos anos 70, quando o “vintage” (termo que remete a algo clássico e em bom estado) era o presente: toca-disco, receiveres, 3 em 1 (rádio, toca-disco e gravador), vinis e por aí vai. O caçula seguiu carreira parecida: nos anos 80, começou a trabalhar em eletrônicas.

Oficina em Salvador atende público diverso apaixonado em sons vintage (Foto: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO)

O reduto das antiguidades sonoras fica no segundo andar de um edifício comercial no Imbuí e substituiu uma loja de suplementos, em busca da qual aparece um cliente desavisado, com os bíceps expostos “Agora é a gente que está aqui”, avisa Jeremias, que se autodenomina “um dos últimos moicanos do ‘som vintage’”.

A maior preciosidade hoje, no acervo da JG Eletrônica, é um deck Marantz 5220 (cuja foto ilustra esta reportagem), em cima de uma bancada de madeira à espera de reparo. O aparelho é de 1977, estimado em R$ 6 mil.

A oficina aparenta um pequeno museu. Isso porque há clientes que levam aparelhos e nunca vão buscá-los. Como Jeremias e Geraldo não jogam fora nenhum deles, o acervo se avoluma – de quantidade e história.

O clima no local é de uma confraria no fim da manhã de uma quarta-feira: quatro homens discutem marcas e qualidade de aparelhos sonoros. São todos clientes habitués. Foram lá só para conversar sobre áudio. “É uma cachaça”, brinca Geraldo. 

A busca pela perfeição do som

A busca pela preservação, seja lá do que for, sempre formou grupinhos. Os de audiófilos, entusiasmados com a reprodução de som de alta fidelidade, o mais próximo possível da gravação de estúdio, estão entre os mais exigentes. 

Da direita para a esquerda: Moacir Alves, Luciano Fróes, João e Jeremias (Foto: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO)

Para parte deles, a reprodução de vinis em aparelhos analógicos seria mais fidedigna ao que o artista gostaria de passar. Isso aconteceria, por exemplo, porque os sulcos existentes nos vinis – aquelas marquinhas nos discos que emitem som quando tocados por agulhas – capturariam cada onda de som emitida durante a gravação, revelando um áudio quase sem perdas. 

Há uma discussão extensa e sem consenso sobre o assunto, existente desde a criação dos CDs, nos anos 80. Fato é que, para o público de audiófilos de Salvador, a oficina dos irmãos Conceição preencheu um vácuo estrutural e afetivo.

O principal reduto dessa comunidade era o Centro Histórico. “Eu era cliente de outro galpão lá. Mas o pessoal acabou ficando mais velho e os negócios foram acabando”, conta Nelson Virgílio, 61, ao chegar à JG carregando um toca-disco de fabricação inglesa com 40 anos – mais velho que seus dois filhos.

Perito criminal associa aparelhos vintage a memórias familiares (Foto: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO)

Ele queria checar os cabos e a rotação deste aparelho que, na infância dele, ficava na sala dos pais, a embalar festas ou trivialidades. Nelson conversa com Jeremias, que realiza testes antes do veredito sobre as necessidades do aparelho. 

 “Ninguém mais atende você no corpo a corpo. É um recepcionista que ouve e manda para o conserto. Aqui estou tirando minha dúvida diretamente com o técnico”, diz Nelson.

Todo dia chega gente na porta da JG com aparelhos sonoros. Os mais antigos representam a maioria dos consertos, mas também chegam os modernos. Jeremias dedica-se aos primeiros. Geraldo tem mais experiência com os digitais.

Há clientes de Salvador, Recôncavo baiano, Feira de Santana ou de outros estados, que descobrem os irmãos pelo Instagram, onde Jeremias compartilha os trabalhos da dupla. “Opa, minha comunidade vintage”, fala, no início dos vídeos em que compartilha as raridades. 

São mais de 200 aparelhos - vintage e digitais - no local (Foto: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO)

A comunidade é diversa. Nelson, o perito criminal que toca saxofone e levou o toca-discos para manutenção, antecede o atendimento de Ivana Bonfim, 41, advogada paulista que surge com dois aparelhos – dois 3 em 1, ambos com 40 anos. 

“Gosto de tudo que é antigo. Tenho de tudo. Uma vez por mês, lavo meus discos, troco o encarte deles, é uma terapia. E qualquer coisa que aparece nos meus aparelhos, eu trago para eles”, conta ela, que ama Gal Costa e Elis Regina.

“Esse Sharp aí é parte da história de muita gente”, acompanha, com saudosismo, o instalador de som Moacir Alves, 55, ao ver um dos aparelhos trazidos pela mulher. As histórias dos aparelhos se misturam às memórias familiares. Por isso, há critério de sobra. “Esse pessoal é muito criterioso”, acrescenta Geraldo.

A funcionalidade dos aparelhos analógicos é, para os clientes, um diferencial na era da obsolescência programada: “O digital, ou você troca a placa completa, ou não tem solução. O analógico tem condição de sobreviver mais”, explica Jeremias. 

Dos digitais aos analógicos: a mudança

Em 1857, o francês Edouard-Leon Scott criou o primeiro aparelho que gravava  sons. Foi uma revolução para a indústria fonográfica que, só 20 anos depois, conheceria uma peça capaz de também tocar sons: o fonógrafo, arquitetado pelo empresário norte-americano Thomas Edison e sua equipe. 

O instrumento esperaria uma década para que, com acréscimo de cilindros, fosse capaz de reproduzir músicas. A coisa ganha outra dimensão em 1887, quando o alemão Emile Berliner inventa o gramofone e modelos de discos pioneiros para reprodução de canções. As mudanças, a partir daí, foram mais rápidas.

Em 1961, quando Jeremias nasceu, em uma casa de classe média, os aparelhos eram bem mais modernos. Os vinis existiam há 20 anos. A mãe dele os adorava, sobretudo os de Orlando Dias, Ângela Marinho e Noel Rosa. Sob o chuveiro, tornava-se cantora.  

Jeremias faz testes antes do conserto de toca-discos (Foto: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO)

No futuro, os filhos somariam à música brasileira outras sonoridades: Jeremias gosta de bandas de rock inglesas, como Dire Straits e Beatles. Já Geraldo adora o jazz de Ray Charles e B.B. King. O apreço pelas engrenagens dos aparelhos sonoros é da época em que Jeremias tinha 14 anos. “Eu gostava de desenho, pensei que trabalharia com isso. Mas vi o anúncio de um curso por correspondência de eletrônica de sons e me matriculei”, lembra. O irmão, Geraldo, era um bebê.

Diplomado na formação, o jovem estagiou em uma oficina de conserto de rádios gerida por japoneses, na Praça da Sé, o reduto de tudo que havia de moderno. Depois de lá, Jeremias passaria por empresas como a Gradiente, somadas às experiências como técnico autônomo. Geraldo começaria sua jornada na indústria do som em 1988, inspirado em parte pelo irmão, em parte por sua paixão individual pelo som. 

“Eu peguei ‘O momento’, porque antes não tinham esses equipamentos, eles começaram a fervilhar em Salvador, de 76 para cá. Quando foi em 95, eles foram sumindo, mas o digital não conseguiu matar o analógico”, lembra Jeremias. 

Ele e o irmão se juntaram há seis anos, quando crescia a demanda por aparelhos de som antigos e vinis. A década anterior, para Jeremias, havia sido de transformações. O digital predominava, mas o técnico não se adaptou. Em 2006 migrou para comércio. Tornou-se vendedor de fraldas descartáveis. O irmão, à época, possuía uma eletrônica. “Mas aí a coisa da fralda também ficou insustentável”, conta Jeremias, que só então retornou ao que sempre fez.   

Geraldo faz reparos num aparelho digital (Foto: Ana Lucia Albuquerque/CORREIO)

Na oficina, quando é impossível devolver ao aparelho a perfeição, os irmãos explicam. Durante o atendimento a Ivana, Jeremias falava da madeira de de um dos aparelhos 3 em 1 levados por ela. Ele não recomendava trocar. “Como é o pé, não de todos, mas da maioria das pessoas com 80 anos? É rachadinho, né? Então, é a mesma coisa”, compara ele. Ao se despedir, a advogada Ivana brincou: “técnico de som é igual a cardiologista e cabeleireiro. Só pode ter um”.

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