Мы в Telegram
Добавить новость
Новости сегодня

Новости от TheMoneytizer

Por que ficou tão caro comprar roupa? Inflação no vestuário é a maior desde 1994

Lojas de departamento chegam a virar meme em redes sociais: "preços exorbitantes"

Batia certo: precisava de uma roupinha de última hora? Queria renovar o guarda-roupa sem gastar tanto? Ou, ainda, só seguir a tendência da vez? As lojas de departamento eram o lugar. Espalhadas pelo Brasil, ajudaram a popularizar a ideia de fast fashion - a moda que é produzida de forma rápida, mas descartada na mesma velocidade - e a garantir preços mais acessíveis. 

Mas se antes elas eram um território conhecido - e até um tanto amigável -, agora estão mais para um campo minado, segundo boa parte dos clientes.

"De loja de departamento, sempre gostei da Renner, tinha cartão e tudo. Da CeA também, porque sempre gostei das estampas. Porém, hoje em dia, estão todas com preço de marca. Acho que eles perderam a mão mesmo", diz a empresária Renata Rossi, 38 anos. Na pandemia, ela, que sempre comprou bastante roupa, deixou tudo. "Quando voltei, percebi os valores exorbitantes". 

Nas redes sociais, os preços nas lojas de departamento viraram até meme, devido à diferença considerável em um período de dois anos. Desde o ano passado, usuários em redes sociais têm feito "denúncias" bem-humoradas sobre o novo status desses estabelecimentos. Uma das postagens é de uma jovem que publicou a foto de uma etiqueta da Riachuelo com o valor de R$ 259. "Uma saudade: loja de departamento com preço de loja de departamento", escreveu, em seu perfil no Twitter. 

No final do ano passado, na mesma plataforma, uma usuária fez um desabafo semelhante. "Avenida Sete com preço de loja de departamento, loja de departamento com preço de Farm, Farm com preço de John John", listou. Alguns meses antes, uma postagem que questionava os valores chegou a ter mais de 147 mil curtidas. "O que aconteceu com as fast fashion? Fui na C&A e os preços eram de Renner. Fui na Renner e os preços eram de Zara. Nem fui na Zara", publicou uma mulher. 

Isso não é mera impressão dos consumidores, muito menos foi algo que aconteceu apenas nas lojas de departamento: o ano de 2022 teve a maior inflação no setor de vestuário desde 1994, de acordo com o IBGE, que monitora o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, em quase 30 anos, nunca foi tão caro comprar roupas. Na Região Metropolitana de Salvador (RMS), o índice chegou  a 22,39% em dezembro do ano passado. 

O maior aumento foi justamente nas roupas femininas, que tiveram uma inflação de 28,89% em comparação ao ano anterior. O aumento de preços começou em 2021, quando a inflação já fechava o ano em 12,19% no vestuário. Nos anos anteriores, o índice era pequeno ou até negativo: em dezembro de 2020, por exemplo, os preços do vestuário eram 8,25% mais baratos do que doze meses antes. 

Não tinha como os consumidores não perceberem a diferença. A empresária Renata Rossi passou a evitar até as lojas soteropolitanas de que sempre havia sido cliente fiel. "Comecei a comprar pela internet. Encontrei algumas calças sociais em uma loja de Goiânia e já comprei umas seis. Mas compro online quando tem indicação de alguém". 

Já nas lojas de departamento, ela passou a adotar estratégias específicas para não ficar refém da inflação. "Em dezembro, fui na Zara, que estava em promoção, e comprei uma calça jeans, que é uma peça atemporal. Estou optando por não me vestir mais nas coleções e focar em peças atemporais". 

Commodity
Mas o que está por trás de preços tão altos? Segundo o diretor-presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel, o aumento está ligado a aspectos que afetaram a produção.

"Os custos foram muito impactados por uma série de fatores, incluindo as matérias-primas, e o custo dos fretes, que afetou muito a indústria".

Cotado como commodity, o algodão, por exemplo, estava sendo vendido a US$ 1,45 por libra (peso). Já a libra, por sua vez, equivale a pouco mais de 453g. 

Ele pondera, porém, que o vestuário sempre teve um papel diferente no índice inflacionário - o de contribuir para a estabilidade relativa dos preços. De 1994, quando o real começou a valer, até dezembro, a inflação acumulada no setor ficou na casa dos 440%, enquanto a inflação geral passou dos 700%. Hoje, a categoria conta com mais de 2,25 milhões de pessoas envolvidas diretamente com a atividade têxtil. 

O diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), Edmundo Lima, tem uma explicação parecida. Para a entidade, que reúne mais de 110 marcas nacionais, a inflação é explicada pela ruptura das cadeias produtivas globais devido à pandemia e ao lockdown.

"(Acabou) ocasionando falta de insumos e matérias-primas para a produção, maior trânsito logístico e aumento dos custos logísticos de produtos importados", diz, citando tanto produtos acabados quanto matérias-primas. 

Segundo Fernando Valente Pimentel, da Abit, não foi identificada nenhuma discrepância específicanos preços das roupas femininas, já que a roupa masculina e a roupa infantil também tiveram percentuais parecidos. De fato, na RMS, em dezembro a roupa masculina teve variação de 23,77%, enquanto a roupa infantil teve inflação de 16,09%. 

"Agora, óbvio que tem itens que demandam mais matéria-prima, tem itens mais procurados e menos procurados", admite. As maiores diferenças foram sentidas na calça comprida feminina, que chegou a ficar 37,79% mais cara, e na blusa feminina, com 33,58% de inflação.

Roupas femininas tiveram variação ainda maior (Foto: Shutterstock)

Para o diretor-presidente da Abit, não é de se estranhar os comentários e memes reclamando sobre os preços nas redes sociais. "É lógico que as lojas de departamento são as que mais comunicam, que mais participam, se integram, têm visibilidade. Então, os comentários em redes sociais chegam mais fortemente porque elas têm dezenas, centenas de lojas esparramadas pelo Brasil, além do e-commerce". 

Pimentel garante que sempre há iniciativas para evitar repassar os custos aos clientes já que, toda vez que os preços sobem, as vendas ficam mais difíceis. Nos primeiros momentos, de acordo com ele, as empresas tentam absorver os custos. "Você não pode postergar a compra do alimento. O guarda-roupa sim". 

Já Edmundo Lima, da Abvtex, cita, entre as medidas adotadas pelos varejistas, as negociações com as cadeias produtivas e a redefinição de produtos alterando algumas matérias-primas. Ele lista, ainda, a otimização de processos internos e o aumento de produtividade nos pontos de venda.

Hoje, o algodão está em torno de US$ 0,85, o que faz com que a representantes do setor têxtil acreditem que os custos não devem se manter tão altos quanto em 2022. No entanto, isso não quer dizer que as roupas vão voltar ao valor que eram até 2020.

"Não estamos vendo, neste instante, nenhum tipo de pressão de custos além daquelas que vivenciamos. Agora, se as roupas vão voltar ou não, é uma questão de mercado. É um mercado de concorrência perfeita. Se os custos caírem (é possível), mas é difícil os custos caírem, porque os salários estão aumentando", diz Pimentel, da Abit. 

Ainda assim, ele acredita que o índice inflacionário provavelmente não deve se repetir. "Não vejo voltar para antes de 2020, mas não vejo uma continuidade de reajustes como ocorreu em 2022". 

Gradual
Criadora de conteúdo sobre moda, a jornalista Alissa Magalhães, 27, sempre viu as roupas tanto como instrumento de trabalho quanto como expressão de sua identidade. Por isso, costumava fazer compras até duas vezes por mês, buscando peças adequadas para cada ocasião. 

Na maior parte das vezes, escolhia as lojas de departamento principalmente pelo custo-benefício e pela relação com o mercado fast fashion. “Frequentava todas (as lojas de departamento), fazia comparação de preços, modelo e qualidade e sempre consumia", conta. 

Criadora de conteúdo de moda, Alissa costumava comprar em lojas de departamento com frequência, inclusive para produzir imagens de "provador" (Foto: Acervo pessoal)

Foi assim que ela começou a sentir um aumento gradual. Os preços convidativos do período pré-pandemia começaram a dar lugar a outros valores.

“Notei que, durante a pandemia, muitas lojas tentaram se reinventar, fizeram mais colaborações com outras marcas, investiram no e-commerce, aumentaram preços e qualidade, em alguns casos. Mas, em outros, a qualidade foi afetada e a oferta também. Algumas pararam no tempo, pois deixaram passar oportunidades de negócio, o que explica o boom das lojas virtuais, que souberam usar o período desafiador a seu favor”, analisa. 

De lá para cá, ela diz que mudou a rotina de compras por completo. Atualmente, 80% de suas compras são feitas pela internet, mas principalmente em plataformas menores, que têm propostas de consumo diferentes das fast fashion. 

“Vou em lojas físicas para avaliação, pesquisa de mercado, entender como estão os preços, as coleções. Mas a oferta no e-commerce e em lojas menores são mais atraentes, porque é super possível achar uma roupa boa, que condiz com meu estilo e que tenha um preço justo”, explica. 

Economia local
Como outras consumidoras, a publicitária Cindi Rios, 31, também percebeu uma diferença quando tentou renovar parte do guarda-roupa após o fechamento das lojas, nos períodos de auge da pandemia. Antes disso, ela comprava algo a cada três ou quatro meses, sempre analisando o valor e a qualidade. Em geral, preferia peças atemporais de melhor qualidade e peças da moda mais em conta. 

“Deixei de comprar em lojas de marca local, apesar de entender que os custos de produção de marcas menores é mais elevado, os valores não condizem com o que estou disposta a pagar. As lojas de departamento se tornaram uma opção para os casos em que preciso experimentar a roupa, do contrário, minhas compras passaram a ser online”, diz. 

O professor universitário Phillipe Cupertino, 34, costumava comprar roupas em períodos específicos: a temporada pós-Natal, a Black Friday ou no meio do ano. Entre o primeiro e o segundo semestres do ano, em Feira de Santana, onde ele nasceu, é comum que, nesse período, aconteça a chamada Liquida Feira. “Nunca me importei muito com roupa de marca, mas observava qualidade, a durabilidade. Então sempre procurei comprar em lojas de departamento”. 

Nesse último ano, porém, ele teve que evitar fazer isso, além de reduzir drasticamente a frequência de compras. “Os preços dessas lojas estão quase equiparados a uma loja convencional, que não é de departamento. Uma bermuda custa mais de R$ 100. Você não consegue comprar uma camisa de botão mais arrumada por menos de R$ 130”.

Assim, os preços de lojas online também se tornaram mais acessíveis para ele, sempre depois de fazer pesquisas em diferentes portais. Muitos oferecem a alternativa de frete grátis. Ainda que prefira comprar em lojas físicas, os sites acabaram passando na frente.  

"É sempre bom, para mim, experimentar e ter a relação com a pessoa que está vendendo, que vai ganhar a comissão, sobretudo nesse contexto. Você acaba movimentando a economia local. Mas diante do aumento dos preços, não tenho visto outra opção". 

A reportagem procurou as principais lojas de departamento nacionais para comentassem o caso. Representantes da CeA e da Riachuelo não foram encontrados. Já a assessoria da Renner informou que a empresa cumpre o "período de silêncio" estipulado pela Comissão de Valores Mobiliários. Nos próximos dias, os resultados financeiros do quarto trimestre da companhia, que é uma empresa de capital aberto, devem ser divulgados. 

Em meio à alta dos preços, sites asiáticos dominam

No reino das lojas online, os sites asiáticos ganharam espaço e hoje têm performance de fazer inveja a vários locais. Na Shein, a mais listada entre os consumidores para comprar roupas, é possível encontrar peças por preços a partir de R$ 9,99. Além dela, há, ainda, gigantes como a Shopee, que vende todo tipo de produto e conta também com vendedores brasileiros, e outros que vêm conquistando terreno, como a Cider. 

De acordo com o diretor-presidente da Abit, Fernando Valente Pimentel, a estimativa é que só a Shein teria vendido R$ 8 bilhões no Brasil, apenas no ano passado - o que representaria um crescimento de 300% em comparação ao ano anterior. Já a Shopee, que teria 30% de suas vendas no setor têxtil, teria alcançado R$ 6 bilhões. 

Ele afirma que os sites estrangeiros concorrem diretamente com as marcas brasileiras, mas não pagam imposto de importação. Muitas compras chegariam ao país abaixo do limite da isenção para remessas internacionais - que é de 50 dólares. Produtos avaliados abaixo deste valor não são taxados no país. 

"Esses dois teriam colocado mais de 350 milhões de peças de roupa no Brasil, o que daria 5, 6% de consumo aparente. Temos explorado o e-commerce e tudo, mas é importante que haja equanimidade na concorrência", pontua Pimentel.

Procurada pela reportagem, a assessoria da Shein no Brasil informou que não divulga números de vendas. No entanto, a empresa confirmou que ainda está em fase de estruturação da operação no país e garantiu a abertura de quatro a cinco novas lojas pop-up este ano. Em novembro do ano passado, a abertura de uma loja pop-up da marca em São Paulo provocou longas filas e confusão. 

A Shein virou uma das preferidas da professora Mônica Andrade, 49, especialmente quando percebeu que, após a pandemia, os preços das lojas de departamento estavam "exorbitantes". Antes, ela comprava nesses estabelecimentos até duas vezes por mês. Hoje, recorre mais às compras online, que sempre foram uma alternativa atrativa. 

"Como mulher vaidosa que sou, sempre comprei bastante roupa em vários espaços. Sou amante da compra pela internet e, de um período de 10, 12 anos para cá, passei a comprar muito pela internet", explica. 

Quando percebeu que mesmo outras lojas, como as do centro da cidade, andavam com preços altos caiu de vez nas graças da Shein. Quando quer alguma marca específica, recorre a sites como Dafiti ou Privalia, mas, na maior parte das vezes, compra dos sites asiáticos. No ano passado, ela chegou a comprar na Shein três vezes na mesma semana. 

Esse ano, estou com o propósito de diminuir um pouquinho, mas já fiz três compras em 2023. Estava olhando o outlet da Farm, porque gosto das estampas. Na Shein, tem cada vestido lindo, que vai me fazer sentir bem e gastar muito menos. No período que a gente vive hoje, quem tem muito dinheiro sobrando vai e compra. Mas para quem não tem e é trabalhadora assalariada como eu, que quero estar bem e arrumada gastando pouco, a Shein e os outros sites são boas opções". 

É possível comprar barato - ou economizar - em um momento em que as roupas estão tão caras? 

A pedido do CORREIO, a consultora de moda Nanda Gallindo (@nandagallindo) listou cinco dias para quem precisa comprar roupas, mas não quer gastar muito. 

  1. A primeira dica, segundo ela, é entender o próprio estilo e escolher o que faz sentido a partir daí. Quem compra de maneira aleatória corre o risco de usar uma peça uma única vez - ou nunca. "Uma peça barata que nunca foi usada, no final, custou muito mais caro do que uma peça de valor mais alto que foi usada diversas vezes e de diversas maneiras", explica. 

  2. Descubra as prioridades na hora de se vestir, identificando elementos importantes do estilo."Selecione alguns looks que você já usou e amou muito e observe o que tem em comum neles, o que se repete, o que você gosta… Seleciona roupas que você tem mas não ama e observa também os motivos. Tudo isso são pistas do seu estilo e pode te ajudar nas compras futuras".

  3. Quando for se vestir e sentir falta de uma peça específica, anote de qual se trata. Assim, quando for fazer compras, já terá aquela peça em mente e fica mais fácil tanto evitar o impulso quanto fazer pesquisa de preços. 

  4. É importante se atentar às promoções, já que as lojas têm períodos específicos que podem ser uma boa oportunidade. 

  5. Diversificar o uso das peças. Nanda explica que, assim, as possibilidades de looks são multiplicadas. "Ao invés de usar as roupas sempre da mesma maneira, podemos combiná-las entre si: desfazer aquele conjunto, usar um vestido como saia, usar lenços, colete que vira blusa… mil possibilidades! Muitas vezes não precisamos de novas roupas e sim aprender a mudar a forma que a usamos. É o que chamamos de styling".


Читайте на 123ru.net


Новости 24/7 DirectAdvert - доход для вашего сайта



Частные объявления в Вашем городе, в Вашем регионе и в России



Smi24.net — ежеминутные новости с ежедневным архивом. Только у нас — все главные новости дня без политической цензуры. "123 Новости" — абсолютно все точки зрения, трезвая аналитика, цивилизованные споры и обсуждения без взаимных обвинений и оскорблений. Помните, что не у всех точка зрения совпадает с Вашей. Уважайте мнение других, даже если Вы отстаиваете свой взгляд и свою позицию. Smi24.net — облегчённая версия старейшего обозревателя новостей 123ru.net. Мы не навязываем Вам своё видение, мы даём Вам срез событий дня без цензуры и без купюр. Новости, какие они есть —онлайн с поминутным архивом по всем городам и регионам России, Украины, Белоруссии и Абхазии. Smi24.net — живые новости в живом эфире! Быстрый поиск от Smi24.net — это не только возможность первым узнать, но и преимущество сообщить срочные новости мгновенно на любом языке мира и быть услышанным тут же. В любую минуту Вы можете добавить свою новость - здесь.




Новости от наших партнёров в Вашем городе

Ria.city

Дирижёр из России победил на конкурсе в Греции

Наследство Анастасии Заворотнюк: кому достанется многомиллионное имущество

Актриса Анастасия Макеева раскрыла секреты красоты и здоровья

Деньги в стране. Путин поручил сделать автотуризм удобным для россиян

Музыкальные новости

Два дня, наполненных театром, музыкой, книгами и наукой, — в Парке Горького во 2-й раз прошел Московский детский фестиваль искусств «НЕБО»

В филиалах АО "Желдорреммаш" прошли мероприятия ко Дню защиты детей

Работник СЛД «Чита» филиала «Забайкальский» ООО «ЛокоТех-Сервис» принял участие в экологической акции по очистке берега и дна озера Кенон

Почта России помогла детям-подопечным благотворительных фондов встретиться с футболистами ЦСКА

Новости России

День молодёжи ярко отметят во Владивостоке

Москвичам напомнили, что можно сдать с помощью сервиса «Вывоз ненужных вещей»

Новые правила въезда россиян в Китай заработают в 2025 году

За один день работники Уссурийского ЛРЗ и их дети выполнили сменно-суточное задание по ремонту 129 паровозиков

Экология в России и мире

Пегас сделал важное заявление по Египту: стали известны цены на туры на предстоящую зиму

Турецкие отели в шоке после банкротства крупнейшего туроператора: все оказались в долгах, как работать летом — непонятно

С чем носить юбку этим летом: примеры стильных образов

Российский лоукостер запустил рейсы в Анталию из Махачкалы

Спорт в России и мире

Ролан Гаррос. Расписание 2 июня. Потапова и Швентек сыграют первым запуском, Синнер – последним

17-летний россиянин Даниил Саркисян разгромил Форбса из США на юниорском «Ролан Гаррос»

Джокович снялся с Открытого чемпионата Франции по теннису

Потапова о поражении от Свентек на "Ролан Гаррос": организм дал сбой

Moscow.media

Пожар в пятиэтажке унес жизнь неосторожного курильщика

Завершен пятый этап надвижки моста через Каму

ТСД SAOTRON RT-T50: высокопроизводительный терминал сбора данных промышленного класса

Еще 12 км подъезда к Ставрополю станут четырехполосными в 2026 году







Топ новостей на этот час

Rss.plus





СМИ24.net — правдивые новости, непрерывно 24/7 на русском языке с ежеминутным обновлением *